sexta-feira, 11 de abril de 2008

Cutucando a ferida

Acho que TODOS sabemos do caso "Isabela", sim, aquela que foi jogada/caiu do prédio.

Nossa, pensa bem, se você fosse a mãe/o pai da criança, gostaria de ter um repórter idiota te lembrando quão horrível aquilo foi de 10 em 10 minutos?! Acho que não.
Vou transcrever aqui um texto de uma coluna do jornal que eu simplismente adoro, escrita pelo jornalista Flávio Ricco.

Longe Demais - A televisão continua extrapolando na cobertura da morte da menina Isabela. Ontem, o programa "Bom dia Mulher", da RedeTV!, chegou a exibir seqüências do desenho "Branca de Neve e os Sete Anões", relacionando a tragédia à vilã Madrasta, personagem desse longa-metragem infantil. Coisas de enlouquecer qualquer um. Há até os que montam cara de tragédia, tentando passar indignidade, quando estão mais interessados em buscar pontos no Ibope. e por aí se verifica que os grandes artistas da nossa tevê não estão restritos somente às suas novelas [Comentário do Galv: Sacou?]. Alguns desses nossos colegas jornalistas surpreendem pela facilidade que têm de se prestar a qualquer coisa, por ordem, claro, de suas editorias. Uma vergonha. E os exageros não param. Dia desses, o helicóptero da mesma RedeTV! acompanhou por 33 minutos um carro pelas ruas de Sã Paulo, dizendo que dentro dele estava o advogado do pai da menina. Depois de todo esse tempo, sai de dentro do veículo, um senhor de cabelos grisalhos, que nunca teve nada com a história. Quando nenhum fato novo é acrescentado ao caso, ficam repetindo os conhecidos, até 14 ou 15 vezes. E assim vamos indo, agora, inclusive, com a Bandeirantes acusando Globo e Record de roubar as suas imagens. Jornalismo sério não é isso."


É Flávio, concordo 100% com você =/ Já se foram as épocas onde o importante era passar a notícia.

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